Depois de termos como favas contadas a
privatização de mais rodovias, aeroportos e portos, em pleno governo do
PT, fato que transforma o Brasil numa "república dos pedágios", agora
temos mais uma novidade:
O site do boletim Relatório Reservado
anuncia que a presidente da Petrobrás, Maria da Graça Foster, estaria
em adiantados entendimentos com a mexicana Pemex e a norueguesa Statoil,
com a intenção de vender 20% a 30% de uma nova empresa que seria
formada pelas refinarias da companhia. O artigo diz, textualmente:
“Perfeito, perfeito mesmo, seria se a
Petrobras pudesse empurrar lá para frente parte expressiva dos
investimentos previstos para a ampliação e modernização do seu parque de
refino, deslocando os recursos para a prioritária atividade de
exploração e produção. Mas, diante do grande fosso que costuma separar o
ideal do real, Maria das Graças Foster acredita ter encontrado uma
solução meia-sola, capaz, ao menos, de atenuar a mordida no caixa da
companhia. A operação passa pelo spinoff da área de refino, com o
agrupamento das 11 unidades da estatal em uma nova empresa”.
A medida permitiria a busca de um
parceiro exclusivamente para esta unidade de negócio, algo semelhante ao
que foi experimentado, durante dez anos, com a Refinaria Alberto
Pasqualini, no Rio Grande do Sul. Nesse período foi mantida uma
sociedade com a Repsol (capital espanhol), que detinha uma participação
de 30%.
Ainda de acordo com o artigo: “A Petrobras já vem mantendo conversas preliminares com grupos interessados no negócio. Dois fortes candidatos são a mexicana Pemex e a norueguesa Statoil.
A intenção da estatal seria vender de 20% a 30% da nova companhia. Para
estas empresas, a operação representaria um bilhete de entrada no maior
conjunto de refinarias da América Latina e, por extensão, a garantia de
processamento do petróleo que eventualmente será produzido em seus
campos no Brasil”.
As dificuldades que estariam no caminho
da concretização dos planos de Maria da Graça Foster seriam “convencer
um grande grupo privado a ser minoritário de uma empresa sobre a qual
não terá qualquer poder de ingerência e a ingerência de decisões
políticas na gestão da Petrobrás’. Ao mesmo tempo, há fortes dúvidas na
estatal quanto à inclusão ou não nesta holding das quatro refinarias em
construção.
O que fica evidente, numa leitura
subliminar, é que o alegado “prejuízo da Petrobrás” – na verdade
continua a ser a empresa que mais lucrou no país, em números absolutos,
registrando lucro cerca de duas vezes maior que o Banco Itaú – nada mais
significa que uma nova ofensiva para justificar privatizações.
Se confimado este caminho, o governo do PT vai conseguir o que o governo dos tucanos não conseguiu: privatizar a Petrobras.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (com informações de Relatório Reservado)