quarta-feira, 16 de julho de 2014

Brasil: o país do futebol, só que não.


Por Hamilton Moreira*.


O que eu vejo é que o Brasil, já há muito tempo, não é mais o país do futebol. E por quê sempre se falou que o Brasil era o país do futebol? Simplesmente porque a prática desse esporte era generalizada. Um esporte que não exigia grandes recursos: bastava um espaço físico (terreno baldio, rua) e algo mais ou menos esférico para se chutar. Pronto! Desde o mais recôndito grotão até às cidades maiores, o futebol era praticado. Existiam campeonatos de todos os tipos: rua contra rua, várzea, escolas... o futebol amador era disseminado. Basta lembrar que os campeonatos amadores eram transmitidos pela televisão (lembram-se do Desafio ao Galo?). O futebol, enquanto prática desportiva, sempre foi um patrimônio dos trabalhadores e de seus filhos.


Mas isso mudou: onde se pratica o futebol hoje? Mesmo nas periferias das cidades, não existem mais espaços para sua prática. As ruas estão infestadas de carros, não dá para jogar mais. Os campeonatos amadores foram dizimados. Com medo da violência, muitos pais não permitem mais que seus filhos joguem futebol com os vizinhos. A prática do futebol está reduzida às escolinhas, que são pagas, não comportam uma quantidade grande de praticantes, e que incutem na cabeça da molecada que todos devem ser profissionais, haja vista as respostas da molecada quando são entrevistados em alguma matéria jornalística. O tal modelo europeu, empresarial, transformou o futebol brasileiro no futebol belga. O grande diferencial do Brasil sempre foi a quantidade de jogadores, de onde se extraía a qualidade. Dadas as condições em que se pratica o futebol hoje no Brasil, nunca mais haverá uma grande geração de jogadores. Um ou outro fora de série aparecerá, cercado de medíocres. Igual ao Neymar e essa seleção. Igual ao Hazard e o resto da seleção belga. É uma pena que isso aconteça. Como não sou um especialista, é muito provável que eu esteja errado. Tomara que esteja, porque senão meus filhos não terão o prazer de ver seu país campeão do mundo novamente. Mas isso mudou: onde se pratica o futebol hoje? Mesmo nas periferias das cidades, não existem mais espaços para sua prática. As ruas estão infestadas de carros, não dá para jogar mais. Os campeonatos amadores foram dizimados. Com medo da violência, muitos pais não permitem mais que seus filhos joguem futebol com os vizinhos. A prática do futebol está reduzida às escolinhas, que são pagas, não comportam uma quantidade grande de praticantes, e que incutem na cabeça da molecada que todos devem ser profissionais, haja vista as respostas da molecada quando são entrevistados em alguma matéria jornalística. O tal modelo europeu, empresarial, transformou o futebol brasileiro no futebol belga. O grande diferencial do Brasil sempre foi a quantidade de jogadores, de onde se extraía a qualidade. Dadas as condições em que se pratica o futebol hoje no Brasil, nunca mais haverá uma grande geração de jogadores. Um ou outro fora de série aparecerá, cercado de medíocres. Igual ao Neymar e essa seleção. Igual ao Hazard e o resto da seleção belga. É uma pena que isso aconteça. Como não sou um especialista, é muito provável que eu esteja errado. Tomara que esteja, porque senão meus filhos não terão o prazer de ver seu país campeão do mundo novamente.


* Hamilton Moreira é professor, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da Unidade Classista (UC).

segunda-feira, 16 de junho de 2014

TODO APOIO AOS METROVIÁRIOS NA SUA LUTA POR MELHORES SERVIÇOS PÚBLICOS, CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO


A Unidade Classista vem a público prestar solidariedade militante à luta dos metroviários de São Paulo, que no marco das lutas de centenas de categorias de trabalhadores brasileiros neste último período, vem sendo atacado em seus direitos legais e históricos, pelos patrões e governantes fantoches a serviço da ganância dos capitalistas.


O ataque violento aos grevistas e ao direito de greve revela a face fascista, em todos os níveis, dos governantes brasileiros, que em função da crise econômica que atravessa o capitalismo mundial, agem como síndicos adotando velhos métodos com o objetivo de garantir as astronômicas margens de lucro obtidas às custas do sacrifício da classe trabalhadora.


A violências física e as demissões dos camaradas metroviários de São Paulo revela a face oculta do capitalismo, ou seja, de um sistema que só pode sobreviver se tornar todas as necessidades humanas em mercadorias. A falsa democracia que sustenta o sistema vigente, se utiliza de dinheiro público oriundo, entre outras coisas, das obras superfaturadas onde os corruptores ligados às grandes empresas prestadoras de serviço ao Estado vão buscar os recursos para eleger fantoches que sustentam a atual ditadura da burguesia.


Diante da enorme corrupção; diante dos péssimos serviços públicos oferecidos à população, da parcialidade da justiça a serviço dos mais favorecidos; diante do descaso das elites econômicas com as condições de vida da maioria da população; diante da fraudulenta e apodrecida estrutura político/partidária, a população trabalhadora veem adquirindo a consciência de que seus problemas são poderão ser resolvidos através da resistência e luta em defesa dos seus interesses de classe. Este é o caso dos metroviários de São Paulo, apesar de todas as mentiras da mídia cínica, corrupta e covarde.


A história tem dado lições de como a classe trabalhadora pode se organizar para garantir e ampliar seus direitos à autodefesa física e conquistas sociais. Neste sentido, os trabalhadores devem aperfeiçoar suas organizações de classe, seja em seus locais de trabalho, moradia (sindicatos, e associações) expulsando do seu meio elementos que colaboram com os patrões e suas marionetes governista. Implantar a democracia operário onde todos possam discutir soluções e implementar as decisões de acordo com seus interesses.


O cenário deste período exige que a nossa classe construa um grande sistema de alianças e solidariedade de Classe. Nenhuma luta deve ficar isolada, nenhuma repressão deve ser tolerada. Nossa classe, com o suor do seu rosto e com sacrifício de milhões de vidas demonstrou ser capaz de produzir enorme riqueza e abundância, o que colocou o Brasil entre as maiores economias do mundo. mas apesar disso, a população brasileira vive com os piores índices de desenvolvimento humano do planeta.


A paciência da nossa classe está no seu limite. É com esta compreensão que a Unidade Classista vem prestar solidariedade militante, não só aos metroviários paulista, mas a todas as categoria e comunidades que fazendo uso de seus direitos legítimos se levantarem para extrair melhores condições de trabalho e de vida.

Melhores condições de vida, trabalho e salários, JÁ!
Viva a luta dos metroviários!
Viva a luta da Classe Trabalhadora.
Ousar lutar. Ousar Vencer.

UNIDADE CLASSISTA
Coordenação Nacional

quarta-feira, 4 de junho de 2014

METROVIÁRIOS EM LUTA: A ONDA DE GREVES EM SÃO PAULO CONTINUA!



Agora é oficial: os metroviários de São Paulo irão parar suas atividades – por tempo ainda indeterminado – a partir da 0h dessa quinta-feira (05/06).  A greve foi aprovada por unanimidade em assembléia, onde participaram cerca de 2 mil trabalhadores do metrô de São Paulo.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta vexatória de 8,7% reajuste do salário feita pelo Metrô e definiram nova assembleia para amanhã às 17h.
Os metroviários reivindicam, principalmente, 35,47% de reajuste para a categoria – sendo 7,95%  referente a inflação e os demais 25,5% de aumento real, reajuste de 13,25% para o VR, VA de R$ 379,80, plano de carreira da GMT e COP, Metrus Saúde para aposentado, reposição do quadro de funcionários e  PR igualitária.
Vale ressaltar que, durante a semana, a categoria popôs ao Governo continuar os serviços normalmente, caso as catracas fossem liberadas para a população – o que foi rejeitado pelo governador, Geraldo Alckimin.
Somos solidários a luta dos trabalhadores,
TODO APOIO À GREVE DOS METROVIÁRIOS!

Ligia Oliveira
Militante da UJC